"Não era eu que tinha de fazer isso."
O vídeo que está em baixo mostra o Governador do Banco de Portugal a responder a algumas perguntas do deputado Nuno Melo. As frases em cima são o resumo daquilo que se passou no BPN nos últimos anos.
Nesta sequência de perguntas Vitor Constâncio diz que um CEO (Chief Executive Officer), pelos vistos é assim que ele gosta de ser chamado (o tipo da responsabilidade que não é responsável por nada... um pouco à CEO Americano do último ano e meio), não tem de pensar em coisas de pequena importância como o AS400.
É certo que o chefe máximo de uma organização não tem de saber tudo, mas no mínimo deve assumir a responsabilidade da escolha de determinadas equipas para acompanhar os trabalhos de fiscalização que são feitos. Agora, nem saberem o que é o AS400? Não perguntaram o que era? Um portátil?
Eu diria que uma entidade fiscalizadora deve ser céptica e não acreditar em tudo o que lhe dizem, no BP pelos vistos não é assim.
Processos de crédito que desde 2002 não respeitavam as "boas práticas", sem evidência da sua aprovação ou avaliação de risco. Que é isto? A amostragem serve sim, e é usada por todas as auditoras e entidades fiscalizadoras, mas digo eu, por experiência própria, que as amostragens são seleccionadas criteriosamente, ora com base em métodos estatísticos aleatórios ou então (quando são relevantes), pelos montantes que envolvem. No BP não é esta a prática.
E dava para escrever mais.
Para terminar, não percebo a irritação do Governador.
Não era ele que tinha de pensar nisso, nem era ele que tinha de fazer aquilo.
Mas posso lembrar-lhe, somos nós que vamos pagar tudo!!!!
"E o burro sou eu?!"
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