13 agosto 2009
Monarquia?
Tenho alguma dificuldade em perceber porque é que se defende o regresso à monarquia.
Qual é a necessidade de termos uma família que vive do dinheiro do Estado (que é suportado por todos nós)? Porque é que alguém está disposto a aceitar uma certa família como representante de determinado Estado, representante de uma democracia, só porque lhe corre "sangue azul" no corpo? Estas coisas das castas sempre me fizeram um pouco de confusão. Nascer com determinado nome não nos deve dar o direito a poder usufruir de qualquer estatuto, tem que se trabalhar para o conquistar, é assim que se consegue o respeito dos outros...
Já não temos idade para isto. Podemos ter mil uma razões, podemos até não gostar da figura de Presidente da República, mas a verdade é que qualquer um pode aspirar a sentar-se lá!
Sim, a simpatia pela figura do Rei, a auto-estima, bla bla bla princesas e príncipes, bla bla bla, castelos, bla bla bla. Eu resumo e pergunto: para quê alimentar mais revistas cor-de-rosa?
Qual é a necessidade de termos uma família que vive do dinheiro do Estado (que é suportado por todos nós)? Porque é que alguém está disposto a aceitar uma certa família como representante de determinado Estado, representante de uma democracia, só porque lhe corre "sangue azul" no corpo? Estas coisas das castas sempre me fizeram um pouco de confusão. Nascer com determinado nome não nos deve dar o direito a poder usufruir de qualquer estatuto, tem que se trabalhar para o conquistar, é assim que se consegue o respeito dos outros...
Já não temos idade para isto. Podemos ter mil uma razões, podemos até não gostar da figura de Presidente da República, mas a verdade é que qualquer um pode aspirar a sentar-se lá!
Sim, a simpatia pela figura do Rei, a auto-estima, bla bla bla princesas e príncipes, bla bla bla, castelos, bla bla bla. Eu resumo e pergunto: para quê alimentar mais revistas cor-de-rosa?
Perguntar não ofende (5)
"Qual deve ser a posição do Estado na economia?"
Hugo Garcia
mais uma pergunta que vem dirigida a mim, via lafinestradelmondo@gmail.com
A resposta a esta pergunta é o que separa em termos económicos a esquerda da direita.
Para mim o Estado deve ter um papel activo em áreas como Saúde, Educação e Segurança. Digo activo porque não gosto da palavra mínimo. É óbvio que o Estado tem de chamar a si estas responsabilidades, mas não deve ter a exclusividade (Segurança é a excepção).
Não acredito num Estado produtor, num Estado planificador e muito menos num Estado economicamente eficiente em áreas que não domina.
Estar no mercado é aceitar que as empresas procuram o lucro. E o lucro é bom! É com o lucro que as empresas fazem investigação, é com esse lucro que as empresas lançam novos produtos, é com a disputa desse lucro que as empresas baixam os preços desses mesmos produtos e é com o mesmo que criam emprego.
Recusar a ideia de um mercado concorrencial é esperar que o Estado consiga ser tão eficiente como qualquer empresa, que não é...
A questão é pertinente e há milhares de bons argumentos a favor de uma economia de mercado, mas ia tornar-se demasiado maçudo, ainda não tenho a capacidade argumentativa de em poucas palavras vender o meu peixe.
Acrescento só que ao Estado cabe o papel regulador, olhar pelo bom funcionamento dos mercados, estabelecer limites, assegurar a concorrência, evitar a procura predativa do lucro. A economia de mercado está longe do seu fim...
Regular mais e melhor é bem diferente de legislar mais e com mais regras, ver artigo da Manuela Ferreira Leite no caderno de Economia deste fim-de-semana.
Hugo Garcia
mais uma pergunta que vem dirigida a mim, via lafinestradelmondo@gmail.com
A resposta a esta pergunta é o que separa em termos económicos a esquerda da direita.
Para mim o Estado deve ter um papel activo em áreas como Saúde, Educação e Segurança. Digo activo porque não gosto da palavra mínimo. É óbvio que o Estado tem de chamar a si estas responsabilidades, mas não deve ter a exclusividade (Segurança é a excepção).
Não acredito num Estado produtor, num Estado planificador e muito menos num Estado economicamente eficiente em áreas que não domina.
Estar no mercado é aceitar que as empresas procuram o lucro. E o lucro é bom! É com o lucro que as empresas fazem investigação, é com esse lucro que as empresas lançam novos produtos, é com a disputa desse lucro que as empresas baixam os preços desses mesmos produtos e é com o mesmo que criam emprego.
Recusar a ideia de um mercado concorrencial é esperar que o Estado consiga ser tão eficiente como qualquer empresa, que não é...
A questão é pertinente e há milhares de bons argumentos a favor de uma economia de mercado, mas ia tornar-se demasiado maçudo, ainda não tenho a capacidade argumentativa de em poucas palavras vender o meu peixe.
Acrescento só que ao Estado cabe o papel regulador, olhar pelo bom funcionamento dos mercados, estabelecer limites, assegurar a concorrência, evitar a procura predativa do lucro. A economia de mercado está longe do seu fim...
Regular mais e melhor é bem diferente de legislar mais e com mais regras, ver artigo da Manuela Ferreira Leite no caderno de Economia deste fim-de-semana.
11 agosto 2009
To improve! Step by step, but running...
As cidades normalmente, e logicamente, procuram a sua identidade no melhor que podem oferecer aos seus habitantes e aos seus visitantes.
Por isso António Costa fala tanto na zona ribeirinha. Projectos e negociatas também, contas de outro rosário...
Tenho a sorte de me identificar com uma cidade (Estremoz), só porque sim, é uma coisa frequente por aqui.
Por isso cada um tem a sua opinião, e eu não percebo uma coisa, ou três:
Porque é que a cidade não está a usar aquilo que pode dar, aos visitantes e habitantes de forma racional. É isto que eu não percebo:
1. A despreocupação com Santiago, com os seus moradores, e com os potenciais visitantes. Revitalizar a zona é crítico para a cidade.
2. A utilização como parque de estacionamento do salão de visitas da cidade (80% do espaço tem essa finalidade, e o projecto de requalificação é pouco ambicioso neste capítulo, na minha opinião);
3. A requalificação de um espaço verde com potencial (Mata), em Heliporto (afinal de contas foi o único investimento ali efectuado nos últimos 4 anos).
O problema não é identificar, é focalizar!
Por isso António Costa fala tanto na zona ribeirinha. Projectos e negociatas também, contas de outro rosário...
Tenho a sorte de me identificar com uma cidade (Estremoz), só porque sim, é uma coisa frequente por aqui.
Por isso cada um tem a sua opinião, e eu não percebo uma coisa, ou três:
Porque é que a cidade não está a usar aquilo que pode dar, aos visitantes e habitantes de forma racional. É isto que eu não percebo:
1. A despreocupação com Santiago, com os seus moradores, e com os potenciais visitantes. Revitalizar a zona é crítico para a cidade.
2. A utilização como parque de estacionamento do salão de visitas da cidade (80% do espaço tem essa finalidade, e o projecto de requalificação é pouco ambicioso neste capítulo, na minha opinião);
3. A requalificação de um espaço verde com potencial (Mata), em Heliporto (afinal de contas foi o único investimento ali efectuado nos últimos 4 anos).
O problema não é identificar, é focalizar!
Perguntar não ofende (4)
Porque é que abro sempre as caixas de medicamentos do lado do folheto?
Rui Gomes
via: lafinestradelmondo@gmail.com
Rui Gomes
via: lafinestradelmondo@gmail.com
07 agosto 2009
Bola p'ra frente!
O livro não merece, mas vou fazê-lo.
No livro que sugeri no post anterior, um homem e uma criança ficam presos nos "canos" de Lisboa. Nesse dia, António tinha-se deslocado à Igreja de São Sebastião da Pedreira e depois de uma chuvada à antiga, abriu-se um buraco no chão, um daqueles que se abrem de vez em quando... lá foi o António, invisual, e João, um escuteiro com apenas 8 anos de idade.
Terminei o livro e foram anunciadas as listas para as legislativas do PSD. Vou ter de fazê-lo.
Qual chuva, qual tempestade, tal como no livro, José Sócrates apareceu como um polvo, os seus tentáculos chegam a vários lados, a máquina está bem oleada. Também nesse dia em Lisboa... Ninguém esperava (nem os que escrevem sobre José Sócrates: a cronologia de um líder improvável), mas aconteceu.
O PSD entrou e caminhou durante largos períodos, no espaço mais subterrâneo do nosso sistema político. A chuva continuava e o PSD lá permanecia, sem distanciamento ideológico, sem chama, sem ver o caminho, sem alguém que indicasse o caminho...
Pelo meio, António (e o PSD), saltam, tentam abrir tampas de esgoto, tirar qualquer coisa da manga, mas nada. Viram-se para a justiça divina, a culpa é d'Ele, do que não olha por nós, do que não nos deixa ver...
E, subitamente, uma luz ao fundo do túnel. António e João chegam finalmente a um túnel largo (Tejo à vista), e imaginam que é isso que os vai salvar. Neste momento têm esperança, têm qualquer coisa, um feeling, que é agora, que nada pode falhar (Onde é que eu já vi isto?).
Nessa manhã (noite):
"Um profundo vale de lobo abrira-se no meio do rio.
- Estamos cá fora, António. Vejo o sol. O Tejo não tem água.
As sirenes tocavam na cidade, no alto do castelo. As pessoas fugiam para as zonas altas, em sangue, os escombros das praças, os destroços da cidade, os silvos eléctricos, os tubos de gás em chamas, os automóveis torcidos, o pó e os mortos.
Agora vem aí a onda gigante.
António, por muito que lhe custasse, por mais que estivesse errado, continuava a acreditar."
No meio do livro alguém grita no meio da multidão: Deixem passar o homem invisível. Mais valia... não acredito que sejam, mas que parecem, parecem!
No livro que sugeri no post anterior, um homem e uma criança ficam presos nos "canos" de Lisboa. Nesse dia, António tinha-se deslocado à Igreja de São Sebastião da Pedreira e depois de uma chuvada à antiga, abriu-se um buraco no chão, um daqueles que se abrem de vez em quando... lá foi o António, invisual, e João, um escuteiro com apenas 8 anos de idade.
Terminei o livro e foram anunciadas as listas para as legislativas do PSD. Vou ter de fazê-lo.
Qual chuva, qual tempestade, tal como no livro, José Sócrates apareceu como um polvo, os seus tentáculos chegam a vários lados, a máquina está bem oleada. Também nesse dia em Lisboa... Ninguém esperava (nem os que escrevem sobre José Sócrates: a cronologia de um líder improvável), mas aconteceu.
O PSD entrou e caminhou durante largos períodos, no espaço mais subterrâneo do nosso sistema político. A chuva continuava e o PSD lá permanecia, sem distanciamento ideológico, sem chama, sem ver o caminho, sem alguém que indicasse o caminho...
Pelo meio, António (e o PSD), saltam, tentam abrir tampas de esgoto, tirar qualquer coisa da manga, mas nada. Viram-se para a justiça divina, a culpa é d'Ele, do que não olha por nós, do que não nos deixa ver...
E, subitamente, uma luz ao fundo do túnel. António e João chegam finalmente a um túnel largo (Tejo à vista), e imaginam que é isso que os vai salvar. Neste momento têm esperança, têm qualquer coisa, um feeling, que é agora, que nada pode falhar (Onde é que eu já vi isto?).
Nessa manhã (noite):
"Um profundo vale de lobo abrira-se no meio do rio.
- Estamos cá fora, António. Vejo o sol. O Tejo não tem água.
As sirenes tocavam na cidade, no alto do castelo. As pessoas fugiam para as zonas altas, em sangue, os escombros das praças, os destroços da cidade, os silvos eléctricos, os tubos de gás em chamas, os automóveis torcidos, o pó e os mortos.
Agora vem aí a onda gigante.
António, por muito que lhe custasse, por mais que estivesse errado, continuava a acreditar."
No meio do livro alguém grita no meio da multidão: Deixem passar o homem invisível. Mais valia... não acredito que sejam, mas que parecem, parecem!
"Deixem passar o homem invisível"
06 agosto 2009
Palavras: Oxímoro
oxímoro (cs)
s. m.
Combinação engenhosa de palavras contraditórias ou incongruentes, como bondade cruel, geralmente para efeito epigramático. = oxímoron
s. m.
Combinação engenhosa de palavras contraditórias ou incongruentes, como bondade cruel, geralmente para efeito epigramático. = oxímoron
Perguntar não ofende (3)
Em quantos jogos é que o Sporting vai conseguir marcar golos?
Garcia
Porque esta pergunta foi feita directamente para mim, posso responder:
O Sporting esta época vai marcar mais golos que na época anterior, em quantos jogos não sei... Deixem passar a tempestade destes dois jogos, eu vejo o plantel mais equilibrado, e com mais potencial que no ano anterior, o resto não me preocupa. Neste momento até temos um guarda-redes que é avançado. Que precisamos mais?
Garcia
Porque esta pergunta foi feita directamente para mim, posso responder:
O Sporting esta época vai marcar mais golos que na época anterior, em quantos jogos não sei... Deixem passar a tempestade destes dois jogos, eu vejo o plantel mais equilibrado, e com mais potencial que no ano anterior, o resto não me preocupa. Neste momento até temos um guarda-redes que é avançado. Que precisamos mais?
Para quem tem tempo, e interesse, pode acompanhar dois autores deste blogue no twitter.
NFG
Jorge Serrote
NFG
Jorge Serrote
05 agosto 2009
Perguntar não ofende (2)
"Porque é que a fila de trânsito em que me meto é sempre a que começa a ficar para trás?"
Rui Gomes
lafinestradelmondo@gmail.com
Rui Gomes
lafinestradelmondo@gmail.com
04 agosto 2009
Já deviam saber que só marcamos no último minuto
O Sporting está cada vez mais à imagem do seu treinador, não arrisca. É que nem o penteado muda...
Destes dois jogos não percebi uma coisa: é o Paulo Bento que anda a dar oportunidades ao Djaló, ou é ao contrário?
Destes dois jogos não percebi uma coisa: é o Paulo Bento que anda a dar oportunidades ao Djaló, ou é ao contrário?
Perguntar não ofende (1)
Se as pernas do Cristiano Ronaldo valem 100 milhões de euros, quanto vale o nariz de José Sócrates?
Aqui cabe a ironia, a curiosidade, o desabafo, o simples comentário "disfarçado" de pergunta, o imprevisível... é um espaço quase livre.
Já apareceram algumas perguntas a que eu vou responder nos próximos dias, mas façam mais!
Para aqui: lafinestradelmondo@gmail.com
Para os que já tinham enviado perguntas, o e-mail não estava a funcionar correctamente, enviem novamentem, vou tentar publicar todas, e também tentar responder a todas as que se dirijam a mim.
Aqui cabe a ironia, a curiosidade, o desabafo, o simples comentário "disfarçado" de pergunta, o imprevisível... é um espaço quase livre.
Já apareceram algumas perguntas a que eu vou responder nos próximos dias, mas façam mais!
Para aqui: lafinestradelmondo@gmail.com
Para os que já tinham enviado perguntas, o e-mail não estava a funcionar correctamente, enviem novamentem, vou tentar publicar todas, e também tentar responder a todas as que se dirijam a mim.
02 agosto 2009
Perguntar não ofende
Há perguntas mais inteligentes que grandes análises, sugestões e até comentários a análises e/ou sugestões.
Por isso lanço aqui um desafio aos restantes autores do LaFinestradelMondo, aos leitores assíduos, aos visistantes esporádicos, aos que vieram por engano:
Perguntem!
Aqui nasce uma rúbrica deste blogue. Vamos perguntar. Perguntar aos autores deste blogue, a autores de outros blogues, perguntar a políticos, a pessoas mais velhas ou mais novas, a desportistas, a jornalistas. Para mim perguntar não ofende.
Aos de fora, enviem-me as vossas perguntas, dirigidas a quem quiserem, nós perguntamos! Perguntem-nos!
Quem visita este bloque e quiser enviar perguntas, façam-no para aqui!
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