26 março 2010

O primeiro contributo feminino

Antes de mais, agradeço o convite para participar e as palavras do Nuno (inclusive, agradeço-lhe por me lembrar que ainda estou na faixa teen - só até Maio!).
Espero, portanto, corresponder às expectativas e conseguir responder ao desafio, dando ao blogue aquele indispensável toque feminino, com fotografias, músicas ou opiniões sobre seja o que for.
Hoje, ficamos com uma fotografia:







Foi tirada esta tarde, na Baixa de Lisboa.
Parece tão vulgar que, à primeira vista, entendo que nem se perceba qual é a minha intenção em publicá-la... É aí que está. Estes contrastes estão demasiado infiltrados na nossa capital, fazem parte do nosso dia-a-dia e da realidade em que vivemos. A verdade é que, em geral, já nem se dá importância a imagens deste tipo: são demasiado frequentes, estamos habituados. Observamos diariamente situações similares, por vezes bem piores.

Acredito que o primeiro passo para mudar e melhorar as coisas seja olhar à volta e reparar que elas estão mal. Aqui fica, então, este meu pequeno e, admito, praticamente inútil contributo.

O lado que faltava...

o feminino!

Pela vivência, pelas adversidades e também oportunidades, que a diferença de género permite, nunca fui muito apologista das leis da paridade e afins. Acho que são sempre visões complementares, mesmo quando parecem idênticas e por isso não há qualquer vantagem na sua imposição (é outro tema).

Foi este o primeiro desafio que fiz à mais recente aquisição do La Finestra del Mondo. A primeira "menina", o toque feminino. Entre aspas porque, acreditem, a forma como fala não aparenta a idade que tem (a diferença é quase meia dúzia de anos para alguns de nós, para outros é mais!).

Aos poucos vão conhecê-la. Espero que este seja o espaço que lhe permita divagar sobre alguns dos temas que mais gosta (e aqui abro um bocado o livro): Economia, música, literatua, política... nem que seja pelo mais puro sentimento de escrever e pensar, sobre a vida.

O conselho, acompanhem. Boas surpresas!

É a nova Finestra, do seu mundo: Carina Mendes!

23 março 2010

Start Wearing Purple - Gogol Bordello



Optimus Alive: 10 Julho


Finalmente o kick-off
O convite (que aceitei com entusiasmo) já vem de há algum tempo, mas só agora inicio a minha participação. Um obrigado ao Nuno pelas palavras e pelo convite, e uma saudação aos restantes participantes deste espaço.

22 março 2010

O presidente

Em Junho de 2009 José Eduardo Bettencourt era eleito presidente do Sporting com toda a legitimidade. 90% dos votos numas eleições em que havia outro projecto bem estruturado davam a Bettencourt mais que um voto de confiança, davam carta branca para o primeiro mandato remunerado de um presidente do Sporting. E que foi feito?

Erros atrás de erros. Ausências em momentos complicados, contratações falhadas, ruído permanente no balneário e dois treinadores desrepeitados pelo próprio clube, um no momento da saída, outro logo no momento da entrada.

Mesmo com uma capacidade financeira aquém da dos seus adversários, Bettencourt tinha a obrigação de, pelo menos, ter limpo a casa, no fundo fazer aquilo que tinha defendido para devolver o clube aos sócios. Passado um ano volta à estaca zero e os 90% passaram para o benefício da dúvida, agora altamente dependentes do arranque da próxima época.

No meio de tudo isto Bettencourt ainda teve a coragem de afirmar que queria uma estrutura mais "presidencialista", ideia copiada do Porto. Para isto, Bettencourt tinha de ser o Pinto da Costa, e isso, não se copia.

O Sporting precisa de uma cultura de vitória, sim, mas fiel aos seus princípios. Mais, Bettencourt não sabe distribuir fruta, e já prometeu dar umas vezes.

Apesar de crítico de todo este circo que não permitiu um Sporting forte ao longo desta época, acho espantoso que se queiram "despachar" presidentes a um ritmo superior ao das chicotadas no banco de suplentes. O Sporting, para alegria de todos os sportinguistas é muito mais que um clube de futebol.

Por falar em futebol e fruta: e isto?

A nossa cidade

Mais oportunidades de trabalho, mais e melhor oferta educativa e uma maior diversidade cultural. Não queria reduzir a três, os factores que levam a verdadeiras (i)migrações para as grandes cidades, mas é inevitável.

Longe de ser preocupante, principalmente no caso de Portugal, onde só temos cidades de pequena e média dimensão (quando comparadas com os grandes centros urbanos europeus), há vários factores que desde logo necessitam de ser estudados, planeados, e sobretudo pensados. O semanário expresso começa agora uma nova sessão de debates com o nome de Expresso do meio-dia, e as Cidades foram o primeiro tema discutido.

No centro da discussão estão problemas como o abastecimento de água, os transportes, o envelhecimento da população e a poluição. Temas concretos, debatidos por gente de reconhecida competência nesta área, mas não resisto a acrescentar outros (para Lisboa): Criminalidade e acessibilidade/mobilidade. São notórias as deficiências de uma cidade como Lisboa relativamente a outras cidades europeias - que bom foi ouvir António Costa nas intercalares dizer que Lisboa devia ser uma nova Barcelona, virada para o mar e mais segura (continuamos à espera).

Descendo outro nível, encontramos a relação das pessoas com o meio envolvente, o espaço, as memórias, as rotinas. O potencial das infraestruturas, a sua adequação à população residente, ou a identificação com uma estratégia de desenvolvimento, em qualquer sector (económico, cultural, desportivo), bem delineada. A oferta educativa, profissional, ou não, e o seu alinhamento com a estratégia de captação de investimentos - empresas - que dinamizem todas as vias de comunicação existentes. O alinhamento da mesma estratégia com o espaços devolutos/recuperáveis. E podia continuar...

Pensar uma cidade é muito mais que organizar eventos de forma regular, é muito mais que manter um qualquer serviço com o único argumento de que "sempre esteve aqui, e a sua perda seria lamentável", ou conseguir captar outros só para dizer que se tem.
O muito mais não é um acaso, é a constatação que a afirmação de uma cidade no plano regional ou nacional pode efectivamente ser feito através da identificação pela generalidade da população que naquele mês e naquele fim-de-semana há a FIAPE em Estremoz, e noutro o Festival da Bifana em Vendas Novas, mas não chega.

Reparei que nas últimas autárquicas os assuntos tratados eram áreas estanques, e havia várias: Santiago, Abastecimento de água, Economia, Juventude, Património. Esta vista curta assusta qualquer pessoa que ao pensar sobre esta problemática já tem uma preocupação, a distância política, geográfica e cultural existente para o centro decisor no país.

E acabo por concluir que embora nunca tenha sido apoiante de qualquer executivo eleito para governar os destinos da minha cidade, o único momento em que houve uma aproximação a este "pensar a cidade de uma forma integrada", foi com o último executivo - PS (embora considere imperdoável a decisão de colocar os canarinhos numa zona verde/espaço residencial e o atentado arquitectónico, pela envolvência, que está montado para servir como novo mercado).

E volto ao ínicio, à notícia do expresso: Cidades mais colaborativas. Não há estratégia que resista quando as pessoas não a percebem, ou ainda pior, quando lhes é imposta - o erro crasso do mesmo PS já aqui referido, cuja estrutura ruiu depois da conhecida assobiadela em pleno debate eleitoral.

Resumo: Estremoz vai continuar a ser a eterna cidade que todos consideram ter uma localização privilegiada, mas gerida de forma compartimentada e, pelo que se tem dado a conhecer, apenas até onde a vista, curta, alcança (Exemplos nesta altura já era escusados, mas dou: orçamento e água).

Tema complexo, mas de fácil identificação para todos os que partilham desta preocupação, por isso é urgente começarmos a discutir este assunto!

19 março 2010

avulso

1. Manuela Ferreira Leite, em entrevista na antena 1, disse esperar que não votem no próximo lider do PSD pela imagem, e por aqui ficou. Fiquei baralhado. Foi um elogio ao Pedro Passos Coelho? O Paulo Rangel não é assim tão bonito? Ou o contrário? Já ouvi dizer na rua que o Paulo Rangel era um gordinho muito jeitoso.

2. Castanheira Barros vai ser entrevistado na RTP no próximo Domingo. Quem diz que esta estação não faz serviço público?

3. A todos os meus amigos que no facebook e redes sociais andam a aderir ao grupo "Sou Português - não concordo com o novo acordo ortográfico", façam-me um favor, não eskrevam mexagens com extas coixas ridikulas. Não fica bem.

4. Vibro com o ambiente dos estádios de futebol. Fora de Portugal, por razões diferentes, comecei a apoiar dois clubes. Um deles é este.

5. Têm sido várias as reportagens sobre a Academia do Sporting na imprensa estrangeira. Por ocasião do jogo da Liga Europa desta quarta-feira o jornal El País voltou a pegar no assunto:

quando a história se repete...

Nada a ver com as modas. A música dos anos 80 que voltou, as calças à boca de sino que ainda fizeram sucesso...

Recuperando grandes momentos épicos desta luta ibérica, e fazendo jus à táctica do quadrado, utilizada pelo grande D. Nuno Álvares Pereira na batalha dos atoleiros (aqui bem perto, Fronteira), ou à pá da senhora Brites de Almeida (Padeira de Aljubarrota), 7 portugueses saíram ontem em defesa do seu território perante mais de 100 espanhóis (disseram eles!).

Cortesia do jornalista da SIC, que afirmava que "o que valeu foi a pronta actuação dos elementos da Juve Leo", para defenderem os seus compatriotas... à pedrada!

.. 650 anos depois!

17 março 2010

bonito serviço

este que os nossos deputados estão a prestar à nação.

Será que o PS sofre agora de uma certa patologia, como hei-de chamar...altruísmo partidário?

Preocupar-se com questões internas de outros partidos é um verdadeiro serviço prestado à nação (socialista), muito mais importante que qualquer outro tema que pode mudar a vida de todos nós nos próximos anos. Porquê? Porque meter o maior partido da oposição na lama é um verdadeiro ponto de honra para o PS de hoje.

Nem isto.

Lavem lá a roupa toda, espero que centrifugue!

06 março 2010

ligações directas

No lado direito deste blogue há novas ligações. Aproveito para destacar:

Do tempo da outra senhora
e
Alentejo do passado

Espaços de partilha da verdadeira identidade cultural alentejana. Para viajar por outros tempos, de Hernâni Matos.

JSD Estremoz

Um blogue que promete fazer aquilo que pouco se faz por Estremoz, política activa de forma responsável.

The Portuguese Economy

Aqui discute-se economia, em Inglês! Boa iniciativa de Pedro Lains, abrir o espaço de debate, afinal de contas estamos num espaço económico e monetário comum. Por ter tido a sorte de aprender com alguns dos autores só posso aconselhar que sigam este blogue com atenção.

Zé do telhado

Numa cidade onde os blogues servem, principalmente como arma de arremesso político, com a particularidade dos seus autores (anónimos), considerarem que o seu sucesso está positivamente correlacionado com o ataque pessoal, lá de vez em quando surge um blogue para ir seguindo.