17 abril 2009

Abstenção

Vai bater recordes (pela negativa), nas próximas eleições Europeias.

Os candidatos foram escolhidos à imagem dos seus líderes, as pessoas continuam sem saber o que é isso de "desafios da Europa" e a forma como cada país pode beneficiar dela (a não ser fundos comunitários), e o resultado vai ser esse mesmo, abstenção.

Não posso deixar de fazer o meu pequeno apontamento aos últimos tempos: todos criticavam o PSD por não apresentar o seu candidato, enquanto o outro (o mais forte, acham eles...), já dissertava sobre aquilo que devia ser a União Europeia (esquecendo-se na maior parte das vezes as opiniões que tinha tido num passado, ainda recente), e quais os verdadeiros desafios...

até que, apareceu outro candidato que meteu o dedo na ferida. As questões Europeias têm de ser debatidas também no âmbito nacional e com uma linguagem que toda a gente entenda (até aí parecia que era tabu, não convinha...). Não posso deixar de referir que, não sei qual foi a reacção mais juvenil que houve:

- se o Paulo Rangel a atacar de forma algo despropositada logo de início o Vital;
- se o próprio Vital a ter uma atitude ainda mais juvenil do que o próprio Rangel (afinal o que tem de mal essa excitação?)

Que podemos esperar de uma candidatura que diverge de opinião em muitas questões do partido pelo qual se candidata? (consigo não extranhar se pensar bem qual o caminho político do líder do partido e do seu candidato - que miscelânia vai para aqueles lados, qual ideologia qual quê... poder.)

Mais um reparo dos últimos dias: depois do malhar e de outras tantas forma de comunicação que muito devem à boa educação, tivemos o prazer de ter mais uma:

"Não poderá o PSD rentabilizar o "outdoor" oferecendo a concepção gráfica à Servilusa ou congènere cangalheira?" Ana Gomes

Eu entendo parte das críticas, também não gosto nada do cartaz, para além de revelar uma má estratégia de comunicação (este não era o cartaz que devia ter aparecido), mensagem errada a passar neste momento, mas... já era tempo do PS e dos seus altos colaboradores deixarem de pensar um pouco na imagem (toda a gente sabe que dá votos, mas 4 anos a pensar nisso... é muito).

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