16 abril 2014

Teve que ser.

Ler coisas que escrevemos aproxima-nos do que sentimos e, em última análise, do que fomos num determinado momento. Ultimamente, esta janela tem servido esse propósito único: tem sido uma janela que me deixa ver "lá para trás", e tanto concordo comigo mesma como me pareço ridícula, ou demasiado intensa, ou demasiado inocente, ou demasiado ou muito pouco de mais uma série de outras coisas.
 
Esta foi o meu penúltimo (agora antepenúltimo!) post - ou desabafo, como gostava, e gosto, de lhes chamar:
 
 
A Carina de hoje olha para isto como uma grande misturada.
Sim, o tempo continua a assustar-me, tanto ou mais do que nessa altura. Mas essa história de "no fundo já era a Carina que hei-de ser para sempre" parece-me uma grande, grande, mas mesmo (!) uma grandessíssima asneira. Tenho a certeza que é uma grandessíssima asneira pois bastaram dois anos desde que o escrevi para o desacreditar completamente e... por outro lado, espero que seja e que continue sempre a ser isso mesmo: uma grandessíssima asneira. Por mim e por nós todos - qual é a piada, qual é o propósito de não mudar?
 
É isto.
Talvez por me assustar mais a possibilidade remota de permanência e preservação de uma Carina qualquer, a de ontem ou a de amanhã, que o próprio passar do tempo - e por ambas as coisas estarem tão intimamente relacionadas - tive que escrever. Aqui. (E não foi fácil, dois anos é muito tempo para recordar uma password!)
 
PS: Nuno:
1) Estive quase - quase - a informar-te/pedir-te para voltar a escrever aqui.
2) As janelas querem-se abertas (principalmente com o bom tempo que vamos tendo por aqui!), e... uma a mais nunca é demais. :)




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