Manuela Ferreira Leite teve dificuldade em assumir-se como alternativa política, mas ainda assim reconheço algum mérito na batalha que travou: usar a palavra "verdade" na sua campanha... Não teve sucesso!
Para este Portugal pequenino "verdade" e "esquerda" são sinónimos, uma espécie de super-poder que é conferido à nascença, e isso deixa todos os que puxam desse argumento muito confortáveis. "Eu sou de esquerda, tu não és." Chega! (é como desafiar a ideia de que os Volvos é que são seguros, por mais que outras marcas demonstrem que também são)
Afinal, onde anda a "verdade" desta esquerda? É Manuel Alegre que, a certa altura da anterior legislatura bateu com a porta por não se rever na ideologia do seu partido de sempre (ou ter dado pela falta dela)? Ou é o outro Manuel Alegre que agora espera o apoio de um partido (o socialista, de esquerda), para que tenha alguma hipótese na candidatura presidencial?
Não, a verdade está com José Sócrates! Verdade, Esquerda, Poder! Nada como uma triologia daquelas à antiga. Nunca entendi esta esquizofrenia partidária.
No meio disto tudo não consigo deixar de referir que tenho notado um certo padrão: os estrategas. Olhem à vossa volta, quem é que nunca ouviu dizer que existe um grande estratega naquele partido? Tivemos 4 anos para perceber onde é que eles queriam chegar, agora que já sabemos, temos mais 4, para lamentar... É verdade!
4 comentários:
Caro amigo, não são os lideres do PS que se andam constantemente a digladiar pela liderança do Partido.
Não é o PS que afasta os jovens potenciais futuros lideres do topo das listas e da AR.
Não é o PS que colocou o Santana Lopes no Governo.
Não é o PS que apoiou a Guerra do Iraque, para benefício pessoal do lider, impingido um monte de mentiras à população.
Não é o PS que tem um Presidente da Republica jarreta a mandar no partido em toda a linha.
O Alberto João Jardim não é Socialista.
A Manuela Ferreira Leite fez uma campanha com a palavra "Verdade" mas colocou todos os sociais democratas indiciados de crimes de corrupção nas suas listas.
O PS não é o melhor que poderia existir, mas é seguramente o menos mau e enquanto no PSD aquilo se parecer mais com um circo que com um partido ninguém os levará a sério.
Caro "amigo",
o mais evidente do seu comentário é constante utilização da frase: "Não é o PS...". Primeiro porque há aí um grave erro de português e depois porque o PS não é muita coisa que devia ser, nomeadamente a saída para a situação em que nos encontramos.
O objectivo do post era falar um pouco dessa ideia de que a verdade, a transparência, alguns valores (de fácil identificação pessoal) se enquadram mais facilmente com determinada ideologia... E cada vez temos mais claro que isso não é assim!
Ainda bem que o meu "amigo" chamou "jarreta" ao PR e não ao PM, porque sabe que o tratamento é diferente... Cuidado!
O resto são factos. O Alberto João não é socialista, para mim é, apenas, um regionalista de discurso bacoco.
Mais factos: http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1421705
Idiossincrasias dos partidos. O PS tem gente de valor, tal como o PSD, tem é muito mais gente a viver às custas de todos nós! Se por um lado isto permite ao PS fazer uma oposição mais eficaz quando não está no poder, por outro, valha-nos Deus quando está, é um partido sangessuga!! Estórias da carochinha do rigor, exigência e esquerda democrática não colam com este PS, e pena tenho daqueles que são verdadeiros socialistas e apenas abanam a cabeça a dizer que sim porque ficaram sentados em cadeiras confortáveis.
Os tais jovens potenciais líderes estão aí, não se preocupe...
Ainda assim um circo é uma actividade digna, ao invés da criancisse que foi a simulação sobre as obras da barragem de Veiros e outras idênticas, ás quais os eleitores deram a resposta adequada.
Há feras indomáveis, que nem para o circo servem, só para nos atascar cada vez mais no pantano que criaram.Também aqui irão colher conforme o que semearam.
Só umas notas.
Primeiro salutar a vontade de exprimir opinião e de mostrar que há jovens a querer uma política e sociedade melhor, infelizmente nota-se um total descrédito actualmente por culpa dos que lá andam.
Relativamente ao post propriamente dito não consigo concordar sobre a desculpabilização do que foi, na minha muito modesta opinião, um mau líder do maior partido da Oposição. A política de verdade não se devia compadecer com sururus que se criam ao afastar os concorrentes directos dentro do partido; com visitar a Madeira e dizer que na ilha não há asfixia política porque o governo regional foi legitimado pelo voto (???) quando no reino do Rei Alberto já foram de facto fechados jornais e insultadas as mães dos jornalistas; dar o dito por não dito ao dizer que não incluía nas listas autarcas com processos de tribunais e depois voltar com a palavra atrás. Depois faltou também algo que é inato que é a paciência e o talento para fazer seguidores e fazer passar a mensagem.
Quanto a mim o PSD teve um líder bastante coerente e que, algo que nunca pensei, não fez politiquice e anuiu com o governo nas decisões que ele sabia que o seu partido também seguiria. Marques Mendes disse que não colocaria nas listas autarcas duvidosos e pagou a sua factura. Na minha opinião perdeu-se um líder na Oposição que iria de facto contribuir para que o parlamento reduzisse a sua faceta mais circense e para que melhores decisões fossem tomadas para o país à custa do trabalho parlamentar e seriedade. Foi isto que o condenou no próprio partido, julgo, não encetar em ataques pelo ataque, algo que por exemplo o CDS se orgulha, fazer oposição por oposição.
Relativamente ao que foi dito sobre o governo em si, tenho a dizer que é triste fazer-se campanha em acabar com os tachos e actualmente ter realizado mais nomeações que Durão e Santana (a vergonha invade-me sempre que penso que este senhor foi PM). A pressão sobre os jornalistas e comunicação social em geral é algo que nunca foi tão latente num governo.
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