"Qual deve ser a posição do Estado na economia?"
Hugo Garcia
mais uma pergunta que vem dirigida a mim, via lafinestradelmondo@gmail.com
A resposta a esta pergunta é o que separa em termos económicos a esquerda da direita.
Para mim o Estado deve ter um papel activo em áreas como Saúde, Educação e Segurança. Digo activo porque não gosto da palavra mínimo. É óbvio que o Estado tem de chamar a si estas responsabilidades, mas não deve ter a exclusividade (Segurança é a excepção).
Não acredito num Estado produtor, num Estado planificador e muito menos num Estado economicamente eficiente em áreas que não domina.
Estar no mercado é aceitar que as empresas procuram o lucro. E o lucro é bom! É com o lucro que as empresas fazem investigação, é com esse lucro que as empresas lançam novos produtos, é com a disputa desse lucro que as empresas baixam os preços desses mesmos produtos e é com o mesmo que criam emprego.
Recusar a ideia de um mercado concorrencial é esperar que o Estado consiga ser tão eficiente como qualquer empresa, que não é...
A questão é pertinente e há milhares de bons argumentos a favor de uma economia de mercado, mas ia tornar-se demasiado maçudo, ainda não tenho a capacidade argumentativa de em poucas palavras vender o meu peixe.
Acrescento só que ao Estado cabe o papel regulador, olhar pelo bom funcionamento dos mercados, estabelecer limites, assegurar a concorrência, evitar a procura predativa do lucro. A economia de mercado está longe do seu fim...
Regular mais e melhor é bem diferente de legislar mais e com mais regras, ver artigo da Manuela Ferreira Leite no caderno de Economia deste fim-de-semana.
1 comentário:
Tinhas que puxar a Manuela!!!!
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