22 março 2010

O presidente

Em Junho de 2009 José Eduardo Bettencourt era eleito presidente do Sporting com toda a legitimidade. 90% dos votos numas eleições em que havia outro projecto bem estruturado davam a Bettencourt mais que um voto de confiança, davam carta branca para o primeiro mandato remunerado de um presidente do Sporting. E que foi feito?

Erros atrás de erros. Ausências em momentos complicados, contratações falhadas, ruído permanente no balneário e dois treinadores desrepeitados pelo próprio clube, um no momento da saída, outro logo no momento da entrada.

Mesmo com uma capacidade financeira aquém da dos seus adversários, Bettencourt tinha a obrigação de, pelo menos, ter limpo a casa, no fundo fazer aquilo que tinha defendido para devolver o clube aos sócios. Passado um ano volta à estaca zero e os 90% passaram para o benefício da dúvida, agora altamente dependentes do arranque da próxima época.

No meio de tudo isto Bettencourt ainda teve a coragem de afirmar que queria uma estrutura mais "presidencialista", ideia copiada do Porto. Para isto, Bettencourt tinha de ser o Pinto da Costa, e isso, não se copia.

O Sporting precisa de uma cultura de vitória, sim, mas fiel aos seus princípios. Mais, Bettencourt não sabe distribuir fruta, e já prometeu dar umas vezes.

Apesar de crítico de todo este circo que não permitiu um Sporting forte ao longo desta época, acho espantoso que se queiram "despachar" presidentes a um ritmo superior ao das chicotadas no banco de suplentes. O Sporting, para alegria de todos os sportinguistas é muito mais que um clube de futebol.

Por falar em futebol e fruta: e isto?

Sem comentários: