09 novembro 2010

Quando ficamos só num ponto.

Em tudo. É difícil perceber qual o espaço que vai entre o fim e o início. Fora os trocadilhos com o princípio do fim, ou o fim que nem chegou a ser um principio. Qual é o tempo que decorre? Temporalmente. Tem marcos?

Depois perguntam se o início de uma coisa tem de ser o fim de qualquer outra. Procuram-se respostas. Sim, tem tudo a ver com isso. Com tudo, precisamente. Do mais complexo, do mais racional. Do mais simples, do mais emotivo. Da conjugação dos dois.

Termina o dia, começa a noite. Termina a noite, começa o dia. Tudo tem um fim. Volto ao início deste texto. Não cheguei ao fim da questão inicial. Qual é o espaço entre os dois?

(já tinha saudades disto. E de outras coisas também)

2 comentários:

Carina Mendes disse...

Inspirado! Não acredito muito em finais... não tanto como em inícios. Por mais que se ponham pontos (finais), fim é uma palavra forte. Parágrafo novo, início novo, sim... mas quer-me parecer que é mesmo como nos textos, só têm lógica se de alguma forma as coisas estiverem ligadas. E podemos sempre voltar a pegar nesse "final" e continuá-lo, ele fica lá e às vezes faz todo o sentido. Ora bem, mas se continua a fazer parte da história não é bem um "fim"!
É de manhã (final da madrugada...) possivelmente não estou a ver bem as coisas. :P

Enfim, gostei.

António J. B. Ramalho disse...

Isso com um xanax passa